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Mercado mundial de smartphones em 2016 crescerá 7%, projeta Gartner

04 ABR 2016

A Gartner prevê que o mercado de smartphones no mundo deve crescer 7% em 2016. O volume de unidades distribuídas ao varejo mundial passará de 1,4 para 1,5 bilhão, segundo a sua projeção. De acordo com a empresa, esta será a primeira vez que o segmento aumentará apenas um dígito. No ano passado, o crescimento havia sido de 14,4% em relação ao 2014.

De acordo com Ranjit Atwal, diretor de pesquisa da Gartner, o crescimento de dois dígitos no mercado global de smartphones “acabou”. Segundo ele, a desaceleração das vendas de celulares nos Estados Unidos e na China devem arrastar o setor para baixo, com estimativa de crescimento 0,7% para o mercado chinês e 0,4% nos EUA. 

No caso dos mercados emergentes dos dispositivos móveis, a Gartner acredita que deve haver um aumento nas vendas, porém pequeno. O destaque será a Índia, com uma expectativa de 29% de crescimento em 2016 e com tendência de crescimento em dois dígitos por mais dois anos.

'Smartphone longa vida'

Mesmo com um crescimento significativo no mercado indiano, a Gartner criticou as fabricantes por não reduzirem os preços de seus smartphones de entrada abaixo dos US$ 50 (como acontece com os feature phones) para os países emergentes. Essa medida poderia evitar o retrocesso no setor.

A Gartner acredita que, até 2019, 150 milhões de usuários vão deixar de investir em um novo celular na região emergente da Ásia, a não ser que haja uma queda significativa de preços. Esse problema da extensão de vida dos celulares atinge também mercados maduros (América do Norte, Europa Ocidental e Japão) e os donos de smartphones. No entanto, neste caso as razões são os contratos complexos entre operadoras e clientes e a falta de inovação nos novos aparelhos.

Celulares

Considerando o mercado de handsets como um todo (ou seja, a soma de smartphones e feature phones), o varejo mundial deve ser abastecido por 1,943 bilhão de unidades em 2016, o que representará praticamente uma estagnação, com crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior.