Notícia:

40% dos brasileiros podem estar em risco por não lerem permissões de apps

30 MAR 2016

Os usuários brasileiros podem estar desprotegidos quanto à sua privacidade ao fazerem downloads de aplicativos. De acordo com uma pesquisa do Kaspersky Lab, 40% dos usuários brasileiros que baixam apps não leem seus termos de permissões. O número é alarmante, uma vez que a média global é de 9%.

Além disso, 12% dos brasileiros revelaram não fazer restrição às ações dos aplicativos em seus handsets (15% na média global); 20% liberam acesso aos apps quando solicitados e esquecem que liberaram (17% na média mundial); e 6,7% afirmaram ser impossível mudar as permissões dos aplicativos (11% no mundo). Quanto à leitura da janela de instalação: 15% dos brasileiros disseram que apenas clicam em “avançar” e “aceito”; no resto do mundo, a quantidade de usuários que responderam da mesma forma é de 20%. Esse hábito da 'não leitura' entre os brasileiros antes da instalação de um app é preocupante, pois a maioria mostra desconhecer os dados privados que podem liberar para terceiros, como navegação e localização.

Ao todo, 18,5 mil pessoas no mundo responderam questões sobre hábitos de cibersegurança na Internet, PCs e dispositivos móveis para o Kaspersky Lab, sendo 1.083 brasileiros.

Ranking de risco

A empresa elaborou um ranking de segurança digital entre os países entrevistados na pesquisa. A pontuação varia de 75 a 150 pontos: quanto maior a ponutação, mais ciente da sua segurança está o usuário. O Brasil ficou empatado com Filipinas em quinto lugar com 97 pontos. A Alemanha lidera a lista com 100 pontos, seguida por Espanha e Austrália, com 99 pontos cada, e Reino Unido com 98 pontos. Os piores países da pesquisa são Japão e Malásia, com 92 pontos cada. No total,a média global foi de 95 pontos.

De acordo com a Kaspersky, a média dos usuários dos países analisados pela pesquisa ficou no “nível básico de risco”, quando reconhecem metade das ameaças cibernéticas. Nenhum país conseguiu notas para entrar no nível considerado “bom” pela empresa (acima de 113 pontos), e muito menos no "excelente” (acima de 137 pontos).